Inteligência Artificial: o que é, usos e benefícios

Tempo de leitura: 10 minutos

A inteligência artificial (IA) é uma área de estudo da ciência da computação que pretende construir mecanismos que simulem a capacidade humana de pensar.

Para uns, encantamento. Para outros, medo. E poderíamos dizer, ainda, que para um terceiro grupo, ela causa ambos sentimentos.

A inteligência artificial é um ramo de pesquisa que vem desde meados do século passado despertando debates e sensações controversas.

Como um dia foi a luz elétrica, essa é uma inovação com poder para transformar muitas engrenagens da sociedade. Entretanto, imagina-se que você não está lendo este texto com medo do que a lâmpada ligada acima de você pode fazer.

Sendo assim, é preciso desmistificar alguns tópicos em relação à inteligência artificial e saber como usá-la e onde identificá-la já no dia a dia.

Queremos explicar aqui tudo aquilo que você precisa saber sobre inteligência artificial para afastar o fantasma da desinformação.

O que é inteligência artificial?

A inteligência artificial (IA) é uma área de estudo dentro da ciência da computação que pretende construir mecanismos que simulem a capacidade humana de pensar e se comportar, ou seja, a própria inteligência. 

Uma solução de inteligência artificial tem como objetivo executar atividades humanas a partir de um agrupamento de várias tecnologias. Exemplo disso são os algoritmos e sistemas de aprendizado.

As IAs podem executar tarefas simples, mas já vemos muitas situações complexas como os carros autônomos criados pela Tesla.

O que é Inteligência Artificial? - Exemplo: Tesla

O ponto-chave da inteligência artificial e que, por vezes, preocupa a população é a capacidade de “auto-aprendizado”.

Com sistemas de aprendizagem capazes de analisar imensos volumes de dados, a IA pode ampliar suas capacidades de forma autônoma.

Quando surgiu o termo inteligência artificial?

Em 1955, o termo inteligência artificial surge, dito pela primeira vez pelo cientista da computação americano John McCarthy.

Inteligência Artificial - John McCarthy
John McCarthy

Assim, na época, o professor de matemática da Dartmouth College acreditava na capacidade das máquinas de simular aspectos da aprendizagem quanto descritos de forma precisa. 

Estima-se que o início dos estudos desse ramo de pesquisa começaram ainda antes, durante a Segunda Guerra Mundial.

Entre os cientistas responsáveis pelo desenvolvimento das teorias da Inteligência Artificial estavam: Herbert Simon, Allen Newell e o próprio John McCarthy.

Inteligência artificial - Herbert Simon e Allen Newell
Herbert Simon (esquerda) e Allen Newell (direita)

Além disso, construir máquinas que reproduzem as capacidades humanas de pensar ou agir está no imaginário coletivo há um bom tempo. No cinema e na ficção, vemos personagens como o lendário Frankenstein ou o garoto David Swinton, do filme AI – Inteligência Artificial.

Com o passar dos anos e o avanço da tecnologia, a IA é menos peça de ficção e mais parte integrante do mundo real.

A inteligência artificial evoluiu e os pesquisadores já pretendem ir além no que tange às máquinas e seus comportamentos 

No entanto, podemos também verificar o uso da IA no mercado, nos aplicativos que usamos, no marketing, na indústria, entre outros setores.

Como funciona a inteligência artificial?

A inteligência artificial funciona a partir do uso de símbolos computacionais que fazem com que sistemas aprendam e analisem um volume de dados para identificar padrões. É necessário, portanto, alimentar esse sistema através de banco robusto de dados para que a IA possa assimilá-los e aprender com eles.

Dados são como alimento para as IA. Nos sistemas mais recentes, mais do que alimento, é necessário nutrição de qualidade.

Assim, quando se fala em grandes volumes de dados, não podemos nos esquecer também de focar em “bons dados”. No caso, são aqueles que conseguem evidenciar claramente os conceitos que a IA precisa aprender. 

Dessa forma, visualizamos a inteligência artificial no dia a dia, nos carros, nas redes sociais e em diversos outros setores.

Com a capacidade de fazer previsões e orientações comportamentais, a IA minimiza possibilidades de erro e reduz custos. 

Outro ponto importante do funcionamento da inteligência artificial é que ela não atua apenas quando o ser humano deseja. Ativamente, ela prevê necessidades e nos acompanha para a melhor tomada de decisão.

Qual é a importância da inteligência artificial?

Houve um aumento considerável do uso de inteligência artificial por parte das empresas em meio à pandemia. Em meio à crise, uma pesquisa da PwC sugere que cerca de 70% das companhias implementaram IA de alguma forma em uma ou mais áreas funcionais.

A inteligência artificial está presente e crescendo na rotina da população. As suas formas primitivas de existência, como ser um simples adversário para humanos solitários no xadrez, agora dão vez a sistemas complexos.

Dessa forma, a inteligência artificial aparece no atendimento ao consumidor e no controle de qualidade.

Além disso, está na conversão de fala em texto (os redatores agradecem), na condução automática e diversas soluções na área da manufatura, serviços financeiros e também na saúde.

Para organizações, a importância da inteligência artificial é conseguir realizar as mesmas atividades que um humano, e não só as repetitivas.

Ofícios que demandam análise e tomada de decisão também são contemplados por atuais e avançados estudos de IA.

Importante ferramenta para pequenas e grandes empresas, a IA otimiza processos, conclui tarefas com precisão e rapidez. 

Além disso, diminui o risco de falhas, auxilia em chamadas com clientes e pode facilitar as ações de marketing de uma empresa.

Quais os benefícios do uso da inteligência artificial pelo marketing?

Se atualmente os dados são o melhor amigo do marketing, quem melhor para beneficiar as ações de marketing do que a inteligência artificial?

Ela é capaz de organizar e conferir dados que muitas vezes estão confusos e geram uma trava na hora de traçar estratégias.

Em empresas data-driven, que abandonam suposições e se debruçam nos dados, a inteligência artificial é uma realidade.

A IA é uma grande aliada quando vinculada a soluções Big Data, pois vai conseguir lidar com todo um fantástico volume de dados ainda não-estruturados. 

A IA ajuda a criar segmentações mais precisas, para que os “recomendados”, ou seja, as mercadorias correlatas sejam melhor direcionadas às personas de um negócio. É parte do processo chamado de retargeting

Ao identificar hábitos de compra e navegação dos usuários, a IA facilita as automatizações de marketing.

Aí você quem escolhe se quer enviar uma oferta de um produto a quem abandonou o carrinho, ou um novo produto relacionado ao consumidor que já efetuou uma compra, entre outras possibilidades.

3 ferramentas que usam inteligência artificial e você não sabe

Você pode ser um entusiasta ou alguém com cautela em relação à inteligência artificial, contudo, nem imagina onde a IA já está inclusa na sua vida. Não é só nos carros e casas do futuro, a IA está na rede social, no seu celular, no seu buscador de internet.

Vamos listar 3 ferramentas que utilizam IA e você provavelmente não sabia:

  1. Na revisão de documentos legais: você já teve que assinar um documento digital? Ferramentas como o ClickSign utilizam IA para tornar um processo burocrático e que, antigamente, demandava presença física, em algo rápido e online. A inteligência artificial ajuda na leitura do documento e na fiscalização de quaisquer inconsistências. 
  2. No combate à pandemia: é isso mesmo, a inteligência artificial está presente e é utilizada por empresas da área da saúde na luta contra a COVID-19. A Stratasys mobilizou seus recursos e expertise para a impressão 3D de equipamentos de proteção para profissionais de saúde, como as máscaras.
  3. Nos tradutores online, como o Google Tradutor: ok, essa ferramenta você provavelmente já imaginou que utilizava recursos de IA. Mas não podemos deixar de citá-la porque ela é uma dos grandes exemplos da evolução desse tipo de inteligência. Antes primitiva e com muitos ruídos durante a tradução, agora ela tem sido uma grande aliada na tradução de textos em todo tipo de linguagem. Essa maior precisão se dá por maiores investimentos e melhor uso da inteligência artificial na ferramenta.

Inteligência artificial e chatbot: faz bem usar?

Os chatbots são ferramentas que permitem a interação entre tecnologia e pessoas. Sim, agora falamos com máquinas. E mais vezes do que imaginamos, na verdade.

O chatbot tem sido utilizado por muitas empresas para atendimento ao consumidor ou em produtos únicos como a Alexa.

Esses chatbots reúnem em si a capacidade de armazenamento de dados ao mesmo tempo que realizam a interação necessária.

Quer confirmar o horário da sua consulta? Pedir uma pizza? Ou quem sabe trocar a música que você está escutando? Tudo isso pode ser feito por um mecanismo como o chatbot.

No entanto, tem um motivo para você não ter visto o chatbot na lista acima: nem todo chatbot utiliza inteligência artificial. Os que não contam com a IA em seu sistema, seguem uma programação de regras baseadas em uma estrutura em diagrama, onde o bot apenas segue um caminho pré-definido. 

Entretanto, é óbvio que isso limita a ferramenta, e é com a inteligência artificial que o chatbot ganha muito mais impacto e pode fornecer um engajamento único com os usuários.

Aí você pode estar se perguntando: “mas vale a pena mesmo?” “Eu já passei momentos de stress com um desses bots”.

Bom, é verdade que muitos de nós já vivemos uma experiência pedregosa com esse tipo de recurso, ainda em evolução.

Como qualquer recurso de comunicação que fala pela sua empresa, passa a sua credibilidade e é necessário haver uma reflexão importante acerca do tema. A sua empresa precisa desse chatbot com IA? Você vai saber lidar com falhas que a tecnologia possa ter?

Quando você consegue adequar o chatbot à realidade do seu negócio e não simplesmente incrementá-lo pelo modismo, porque “a concorrente está usando”, pode valer sim.

É preciso pensar na economia e o volume de atendimento que o chatbot vai gerar, de um lado da balança. Do outro, se a IA consegue manter um atendimento correto, centrado no bem-estar da pessoa que está do outro lado, seguindo regras básicas das relações humanas.

Inteligência artificial: como aplicar no dia a dia?

A personalização é um princípio básico em que se aplica a inteligência artificial na rotina de cada um. Conforme mencionamos antes, durante suas compras em algum site, todos aqueles produtos “recomendados” são exemplos de uma IA voltada às suas preferências. 

E este é só um exemplo para uma lista muito maior de aplicações cotidianas da IA, o que nos ajuda a visualizar um pouco como ela está, sim, presente na vida de todos. 

A inteligência artificial se aplica nos aplicativos de rotas, no e-commerce, na segurança digital, no reconhecimento facial, nas câmeras de vigilância e na televisão, nas prevenções de fraude… Enfim, difícil é achar segmentos onde a IA não esteja presente na atualidade.

3 termos da inteligência artificial para conhecer

Nós esperamos até agora para apresentar alguns termos que fazem parte da definição de inteligência artificial, mas que merecem atenção especial. Abaixo, você vai saber quais são eles e porque você precisa conhecê-los.

  • Machine Learning: na tradução, “aprendizado da máquina”, uma tecnologia que permite aos computadores aprender segundo respostas esperadas por meio de associações de dados, que podem ser diferentes códigos. Plataformas de Machine Learning fornecem capacidade computacional, bem como dados, APIs, algoritmos, entre outras soluções para aplicar modelos em aplicativos, processos etc.
  • Deep Learning: a “aprendizagem profunda” é um tipo especial de machine learning que treina máquinas para executarem atividades exatamente como os humanos as fazem.
  • Processamento de Linguagem Natural (PLN): o PLN é uma dimensão da inteligência artificial que busca facilitar a compreensão dos computadores acerca da linguagem humana para melhor manipulá-la. Para tal, emprega softwares, programação e outras soluções das ciências da computação. É muito utilizado na parte de atendimento ao consumidor.

4 mitos sobre inteligência artificial para abandonar

Os robôs vão nos substituir? O celular está escutando tudo o que você diz a todo instante, mesmo sem estar em uma chamada? À medida em que o tema da inteligência artificial ganha “corpo”, cresce o debate e, também, os mitos acerca da mesma.

Muitos tópicos ainda são incertos, mas vamos listar 4 mitos sobre inteligência artificial que você pode abandonar e ficar mais tranquile e não tornar esse assunto um motivo de ansiedade.

1 – A inteligência artificial vai nos substituir?

O objetivo dos estudos com IA não é substituir ou modificar os humanos. O propósito central é fazer com que através das máquinas, tenhamos mais agilidade nos processos e ganhemos mais qualidade de vida e eficiência.

2 – O fim dos empregos?

Esse medo é compreensível, de fato. Mas o avanço da IA não significa o fim dos empregos. Pelo contrário, essa ferramenta pode criar novas ocupações. É como várias indústrias e ocupações ao longo da história. A internet não “acabou” com algumas funções?

No entanto, visualize quantas outras profissões surgiram graças ao ambiente da rede. Então, pode ser que alguns empregos deixem de existir, ao passo que outros irão surgir, ou serão transformados, em um curso natural dos acontecimentos.

3 – IA é só para as grandes e poderosas empresas.

No World Economic Forum, já existem debates que pontuam a importância da evolução da inteligência artificial alcançar também as comunidades periféricas e com menor poder aquisitivo. A tendência é que se procurem cada vez mais soluções acessíveis para a população desfrutar desse sistema.

Pequenas empresas já podem contar com vários mecanismos de menor custo que utilizam IA, justamente para conseguirem se equiparar e entrar no mercado para competir com as grandes empresas.

4 – Somente experts da área usam IA.

É impossível exigir uma camada de pessoas tão grande nesse momento que saibam desenvolver inteligência artificial dentro das empresas. Em entrevista à Otimifica sobre os mitos da inteligência artificial, Gabriela Oliveira, Head de Impacto da Nindoo, relatou que apenas 1 em cada 10 empresas estão preparadas para o uso da IA.

E existem várias formas de começar a estudar a área, a fim de trazê-la para dentro do seu negócio. É importante saber que a qualidade de um modelo de IA está intimamente ligada com o número de dados que a empresa dispõe para alimentá-la.

A realidade nos aponta para um contexto onde, com poucos experts no mercado, profissionais de diversas áreas, como o marketing, possam se interessar pelo assunto e começar a estudar mais sobre inteligência artificial para extrair ao máximo suas potencialidades. 

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